Caçando mais mitos – Mito #1 Mais gordura e proteína na dieta causa pedras na vesícula biliar

Formação de Pedras na Vesícula Biliar: Uma Visão Científica

As pedras na vesícula biliar, também conhecidas como cálculos biliares, são uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essas pedras são formações sólidas que se desenvolvem na vesícula biliar, um órgão pequeno em forma de pera localizado logo abaixo do fígado. Esta condição pode causar uma série de sintomas desconfortáveis, incluindo dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e icterícia. Neste texto, iremos explorar os processos biológicos envolvidos na formação de pedras na vesícula biliar, bem como os fatores de risco associados a essa condição.

A formação de pedras na vesícula biliar geralmente está relacionada à supersaturação da bile com colesterol, bilirrubina ou ambos. A bile é um líquido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, e desempenha um papel crucial na digestão das gorduras. Quando a bile contém uma quantidade excessiva de colesterol ou bilirrubina em relação aos seus solutos dissolvidos, os cristais começam a se formar. Com o tempo, esses cristais podem se agrupar para formar pedras maiores, variando em tamanho desde pequenos grãos até pedras do tamanho de uma bola de golfe.

Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento de pedras na vesícula biliar. A dieta desempenha um papel importante, especialmente o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e pobres em fibras. Estudos demonstraram que uma dieta rica em gorduras saturadas pode aumentar a secreção de colesterol na bile, aumentando assim o risco de formação de pedras na vesícula biliar. Além disso, certos distúrbios metabólicos, como obesidade, diabetes e síndrome metabólica, também estão associados a um maior risco de desenvolver pedras na vesícula biliar.

Outros fatores de risco incluem sexo feminino, idade avançada, história familiar de cálculos biliares e perda de peso rápida. Mulheres têm uma incidência significativamente maior de pedras na vesícula biliar em comparação com homens, devido às flutuações hormonais associadas à gravidez, terapia de reposição hormonal e contraceptivos orais. Além disso, à medida que envelhecemos, a vesícula biliar tem mais dificuldade em esvaziar completamente, o que pode levar à formação de pedras.

No entanto, muitas pessoas com pedras na vesícula biliar podem permanecer assintomáticas por anos, sem apresentar sintomas. Essas pedras geralmente são descobertas incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos. Quando os sintomas se desenvolvem, o tratamento pode variar desde mudanças na dieta até procedimentos médicos ou cirúrgicos, dependendo da gravidade dos sintomas e da presença de complicações.

Em resumo, a formação de pedras na vesícula biliar é um processo complexo influenciado por vários fatores, incluindo composição da bile, dieta, fatores genéticos e condições médicas subjacentes. Compreender esses processos biológicos e fatores de risco pode ajudar na prevenção, diagnóstico e tratamento eficazes dessa condição comum.

Guarde isso: uma alimentação LOW FAT – HIGH CARB (baixo teor de gordura e alto teor de carboidrato) tem maior chance de causar pedras na vesícula.

Existe uma associação conhecida entre síndrome metabólica, diabetes e obesidade com pedras na vesícula. E, como sabemos, uma alimentação com alto teor de carboidratos, especialmente os refinados, está relacionada com estas doenças!

Portanto, se quiser melhorar a saúde e reduzir as chances de ter estas pedras, o ideal é comer comida de verdade, com baixa carga glicêmica de preferência, usando a gordura natural dos alimentos como fonte de energia.

Há vários estudos científicos que mostram estes efeitos. Se seu amigo ou médico disser que uma dieta rica em gorduras e/ou proteínas vai te levar a desenvolver pedras na vesícula, peça para ele ler os posts e estudos abaixo:

Se você já tiver pedras, a história é diferente! Alto consumo de gorduras pode causar dores e cólicas.