Revendo o padrão alimentar dos nossos filhos

Veja o original em inglês clicando aqui.

por Paleo Mom

Se você ler o meu post sobre “Why I cater to my kids“ (Porque eu cozinho para os meus filhos), você vai entender os motivos que me transformaram em uma dedicada cozinheira de pratos rápidos, saudáveis e fáceis de fazer para os meus filhos.

Meu marido e eu nos decepcionamos cada vez que vemos a alimentação que está sendo oferecida aos nossos filhos no jardim da infância. Nossa filha é um problema para comer. Nada a entusiasma.

Por isso, nós festejávamos quando ela comia alguma coisa, fosse o que fosse. Achávamos que, um dia, isso mudaria para melhor. Entretanto, hoje ela está com 5 anos de idade.

E, cada vez que olhamos para o que lhe é oferecido no jardim de infância, continua a nos preocupar o baixo nível de energia que sua alimentação lhe proporciona. Então, percebemos que era necessário fazer algo para mudar isso.

Isso ocorre num momento em que nossa filha mais nova, que recentemente completou 2 anos de idade, começa a dar sinais de que, também com ela, tudo o que aconteceu com sua irmã mais velha poderá voltar a se repetir se nada for feito.

E, resolvemos que não faremos alimentação diferenciada apenas para a minha filha mais velha. Não seria justo.
Não havendo outras opções, a filha mais nova vai aprender a comer o que lhe for oferecido. Vamos tentar mudar radical e imediatamente a dieta delas.

Mas, sejamos francos, não temos a expectativa que elas aceitem facilmente o estilo paleo ou sem glúten de alimentação. E, antes de mais nada, queremos que elas comam.

Minha filha mais velha, quando ainda bebê, teve alguns episódios de refluxo ácido (aos quais os pediatras, me pareceu, não deram a devida importância).
E o funcionamento irregular do seu intestino provocava frequentes dores de estômago.
Esses problemas acabaram traumatizando a menina e fazendo com que ela associasse esses problemas ao ato de se alimentar.
Então, ela passou a ter aversão a alimentos e ao ato de comer.
Ela achava que era melhor ficar com fome do que ter todos aqueles sintomas ruins que ela associava à alimentação.

Os exames de sangue que fizemos nela não detetaram desnutrição. Não ficou constatado nenhum desarranjo endocrinológico. Constatou-se, apenas, uma leve hipoglicemia decorrente da sua alimentação ora insuficiente, ora de má qualidade.
Ela é um mistério.

Tentei evitar oferecer queijo antes de outras alternativas como cenouras e maçãs.
Assim, pelo menos, ela comeria menos queijo.
Noutro dia ela recusou-se a comer bacon porque ela cismou que não estava feito do jeito que ela gostava. E tive que gritar com ela para que comesse um ovo frito que eu havia lhe preparado.
Evitei dar estimulantes de apetite para ela porque eu, que lutei a vida toda para perder peso, não me senti confortável em apelar para isso.

Eu e meu marido conversamos um bocado com minha irmã mais velha, ultimamente, sobre nutrição, e o que são comidas boas e ruins, sobre alimentos que são fontes de proteínas, sobre vegetais e alimentação balanceada e sobre como a alimentação afeta a energia e o sistema imunológico das pessoas.
Ela é uma pessoa brilhante que procurou se aprofundar no conhecimento da ciência da nutrição.
Nós mostramos a ela a forma como estavamos enfrentando os problemas da nossa filha mais velha.

Então, passamos à formulação do nosso novo plano de dieta para nossas filhas.
No café da manhã, estou preparando ovos fritos, toucinho, frutas frescas.
Iogurte, queijo, vegetais, nozes, muffins paleo e outros tipos de bacon farão parte de seus lanches.
No almoço e jantar eu faço vários tipos de vegetais e queijos e/ou carne da mesma forma que o que fazemos para nós.

É isso!
Só vou procurar me certificar de que coloquei no prato dela coisas que sejam de boa qualidade e que ela gosta.E pronto!
Não vou me preocupar se ela está exagerando na quantidade do que come.
Não vou ficar negociando sobre quanto, ou o que, ela vai ter de comer antes de poder comer algo que ela gosta mais.
Vou oferecer frutas e cereais sem glutem, como sobremesa, somente depois que ela tiver “raspado” seu prato.
Vamos ver o que acontece…
Sei que vai haver gritos, choros, lamentos, beicinhos, lágrimas…
Lamento pela minha filha mais velha porque entendo que não é facil aceitar essa mudança radical na dieta só agora.
Mas, assim que começarem a surgir os primeiros resultados, ela vai acabar concordando que valeu muito a pena todo o seu esforço.

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